http://www1.receita.fazenda.gov.br/faq/efd-pis-cofins.htm
Perguntas frequentes
EFD-PIS/COFINS
Leiaute
1. Qual é o ato que especifica o leiaute a ser utilizado na escrituração da EFD PIS/COFINS?
O Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital
da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins foi aprovado pelo Ato Declaratório
Cofis nº 34, de 28 de outubro de 2010 (DOU 1º.11.10) e atualizado pelo ADE
Cofis nº 37, de 2010.
2. Existe previsão de alteração do leiaute já aprovado?
A equipe especificadora está definindo o bloco específico
para as PJs de que tratam os §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27
de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983. (entidades
financeiras e equiparadas).
Entrega centralizada
3. A EFD PIS/COFINS deve ser entregue por estabelecimento ou somente pela matriz?
O arquivo digital de escrituração da Contribuição para o
PIS/Pasep e da Cofins será gerado de forma centralizada pelo estabelecimento
matriz da pessoa jurídica, em função do disposto no art. 15, da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e submetido ao
programa disponibilizado para validação de conteúdo, assinatura digital,
transmissão e visualização.
O Programa Validador e Assinador (PVA) da EFD-PIS/Cofins
valida apenas a importação de um arquivo único, por empresa, contendo os dados
de receitas, custos, despesas e aquisições com direito a crédito, estruturados
por estabelecimentos, no arquivo único. O PVA não permite a importação de
arquivos fracionados por estabelecimento (01 arquivo por estabelecimento).
Retificação da escrituração
4. Qual o prazo para retificação?
De acordo com a Instrução Normativa RFB n° 1.052, de 2010, atualizada pela IN RFB n° 1.085, de 2010, o prazo para retificação da
escrituração é o último dia últil do mês de junho do ano-calendário seguinte a
que se refere a escrituração substituída, desde que não tenha sido a pessoa
jurídica, em relação às respectivas contribuições sociais do período da
escrituração em referência:
I - objeto de exame em procedimento de fiscalização ou de reconhecimento de
direito creditório de valores objeto de Pedido de Ressarcimento ou de
Declaração de Compensação;II - intimada de início de procedimento fiscal; ou
III - cujos saldos a pagar constantes e relacionados na EFD-PIS/Cofins em referência já não tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União (DAU), nos casos em que importe alteração desses saldos.
5. Quando as versões do PVA da EFD PIS/COFINS mudarem e for necessária a retificação das escriturações feitas em versão anterior, a retificação será feita na versão atual ou na anterior?
Serão mantidas as mesmas características das demais
escriturações (ECD e EFD ICMS/IPI), de forma que versões futuras do PVA da
EFD-PIS/Cofins contemplarão todos os períodos da escrituração, atuais e
pretéritos.
Obrigatoriedade de escrituração de documentos
6. No arquivo EFD Livro de Contribuições no que diz respeito às notas fiscais de entradas (aquisições) devemos informar somente aquelas notas fiscais que geram crédito do PIS e COFINS, ou seja, não é obrigatório informar as notas fiscais que a pessoa jurídica não irá se creditar destas contribuições. Correto?
No tocante às aquisições do período, só precisam ser
escriturados os documentos referentes a operações geradoras de crédito (CST 50
a 56, no caso de créditos básicos; e CST 60 a 66, no caso de créditos
presumidos).
7. Devemos informar, por exemplo, as notas fiscais de saída referente a transferências de produção própria ou terceiros (CFOP 5.151/6.151, 5.152/6.152); remessa para industrialização por encomenda (CFOP 5.901/6.901), remessa para conserto (CFOP 5.915/6.9150), remessa de vasilhame ou sacaria (CFOP 5.920/6.920); etc., ou seja, aquelas remessas que não caracterizam transação comercial?
No tocante às notas fiscais de saída, só precisam ser
relacionados os documentos fiscais referentes a receitas. Os documentos fiscais
representativos de transferência de mercadorias e produtos entre estabelecimentos
da pessoa jurídica, bem como outras operações que não se caracterizam
transações comerciais (geradores de receitas) não precisam ser escrituradas.
Obrigatoriedade e prazos de entrega da EFD PIS/COFINS
8. Qual o valor da multa instituída para entrega da escrituração digital PIS/Cofins em atraso de empresa que fatura de 5 a 10 mil?
Vide art. 7º da IN RFB 1.052, de 2010:
Art. 7º A não-apresentação da EFD-PIS/Cofins no prazo fixado no art. 5º
acarretará a aplicação de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por
mês-calendário ou fração.9. Quando o órgão público estará obrigado à entrega da EFD PIS/Cofins?
Os órgãos públicos por não estarem sujeitos à apuração do
PIS/Cofins sobre o faturamento, estão dispensados da escrituração.
10. É necessário com algum procedimento ou requerimento junto à RFB ou após a data da obrigatoriedade a entrega da EFD PIS/Cofins é automático?
Nenhum procedimento será necessário. No caso de não
apresentação da EFD após a data da obrigatoriedade, o contribuinte estará
sujeito à multa, conforme art. 7º da IN RFB 1.052, de 2010. (vide pergunta 8)
11. A entrega da EFD ocorrer até 10º dia do 2º mês subseqüente valerá apenas para a entrega do 1º arquivo ou sempre haverá este prazo?
O prazo de entrega vale para todos os períodos.
12. As empresas sujeitas ao Lucro Presumido estão obrigadas ao SPED PIS/COFINS?
Sim. Conforme Instrução Normativa RFB n° 1.052, de 2010 e alterações
posteriores, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a
Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado estão obrigadas à EFD PIS/COFINS
em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2012.
13. A empresa sujeita ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado apenas no ano calendário de 2011 está obrigada à EFD a partir de abril de 2011?
Com a publicação da IN RFB 1.218, de 2011, estas PJs estão obrigadas em relação
aos fatos geradores ocorridos a partir de janeiro de 2012.
14. Se não for entregue o EFD PIS e COFINS, além da multa, existe outra penalidade? Quais as consequências da não entrega vinculadas à utilização dos créditos?
Além da penalidade pela omissão da entrega da
EFD-PIS/Cofins, para a análise dos créditos objeto de pedido de ressarcimento
e/ou declaração de compensação a empresa terá de entregar arquivos digitais,
conforme definido pela IN 86, de 2001, relacionando por cada estabelecimento,
os documentos fiscais de compra e venda de mercadorias e serviços.
15. Qual o início de obrigatoriedade para as instituições financeiras, sujeitas ao acompanhamento econômico e tributário diferenciado e especial?
As instituições financeiras, por estarem incluídas no rol
de pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102,
de 20 de junho de 1983, estão obrigadas à EFD PIS/COFINS em relação aos fatos
geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2012, independentemente de
estarem ou não sujeitas ao acompanhamento econômico e tributário diferenciado e
especial. Fonte: § 2º do art. 3º da IN RFB 1.052, de 2010, com a redação dada pela IN RFB 1.218, de 2011.
16. As sociedades cooperativas estão obrigadas à entrega da EFD PIS/COFINS?
A Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 2010, que instituiu a
EFD-PIS/Cofins tem por fundamento de validade o art. 16 da Lei nº 9.779, de
1999, o qual estabelece a competência para a Secretaria da Receita Federal
instituir obrigações acessórias relativas aos impostos e contribuições,
inclusive a sua forma, prazo e condições para o seu cumprimento.
Assim, em consonância com a autorização conferida em lei
para a Receita Federal instituir obrigações acessórias, foi editada a IN RFB nº 1.052, de 2010, a qual dispõe, entre outras
disposições:
- em seu artigo 3º, quais as pessoas jurídicas que se submetem à
EFD-PIS/Cofins, no caso, todas as pessoas jurídicas submetidas à apuração do
PIS/Pasep e da Cofins, nos regimes cumulativo e não cumulativo;- em seu artigo 5º, o prazo para transmissão da EFD-PIS/Cofins; e
- em seu art. 1º, o ambiente onde serão armazenadas e disponibilizadas as escriturações digitais, no caso, o banco de dados do SPED, instituído pelo Decreto nº 6.022, de 2007.
Por conseguinte, as sociedades cooperativas que estejam
enquadradas no rol de pessoas jurídicas especificadas nos incisos I a III do
art. 3º da referida instrução normativa, sujeitam-se à obrigatoriedade de
escrituração da EFD-PIS/Cofins, cujos arquivos digitais serão transmitidos pelo
Receitanet e armazenados no banco de dados do SPED.
17. Empresas imunes e isentas ao IRPJ estão obrigadas a apresentar a EFD PIS/Cofins?
A obrigatoriedade de entrega da EFD-PIS/Cofins
restringe-se, pela norma em vigor, às empresas relacionadas no art. 3º da IN RFB nº 1.052/2010.
Os casos de dispensa estão arrolados no art. 3º-A da
própria IN RFB 1.052, com a redação da IN RFB 1.218, de 2011, no qual consta:
II - as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto
sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais da
Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins apurada seja igual ou inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais), observado o disposto no § 5º;
§ 5º As pessoas jurídicas imunes ou isentas do IRPJ
ficarão obrigadas à apresentação da EFD-PIS/Cofins a partir do mês em que o
limite fixado no inciso II do caput for ultrapassado, permanecendo sujeitas a
essa obrigação em relação ao(s) mês(es) seguinte(s) do anocalendário em curso.
18. Empresários equiparados à pessoa jurídica, de acordo com a legislação do IRPJ, estão obrigados à entrega da EFD PIS/COFINS?
Sim. Neste caso deverão informar no campo 13 (IND_NAT_PJ)
do registro 0000, o código “00”.
Lucro Presumido
19. A empresa que apura o PIS e a COFINS pelo regime CUMULATIVO tem que informar todas a entradas e saídas de mercadorias e ou serviços?
A pessoa jurídica sujeita exclusivamente ao regime
cumulativo, deverá informar apenas os documentos e operações representativas de
receitas.
20. Existe previsão de alteração do leiaute para fins de informações relativas às PJs sujeitas ao Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido?
Novos registros resumidos/consolidados, específicos para
apuração das PJs sujeitas ao lucro presumido, foram incluídos no leiaute
através da publicação do ADE COFIS nº 24, de 2011.
21. A empresa apura o Imposto de Renda pelo regime caixa, como fazer para informar o tributo correspondente às vendas parceladas, cuja tributação é feita por unidade de medida de produto, como por exemplo no caso de bebidas frias e combustíveis?
O procedimento a ser adotado pelas empresas nestas
situações deve ser o mesmo que já era utilizado no preenchimento do DACON. A
empresa que opta por esta apuração (regime de caixa) deve ter controles
internos que permitam identificar a base tributável correspondente à quantidade
vendida cuja receita foi efetivamente recebida no mês da escrituração.
Como exemplo: Uma empresa industrial que realizou vendas
no mês de 10.000 litros de refrigerante, pelo valor total de R$ 15.000,00, tendo
recebido no mês o equivalente a R$ 7.500,00 (metade das vendas), geraria o
registro de apuração por quantidade de medida de produto (F510), informando:
- Valor total da Venda: 15.000,00- VL_REC_CAIXA: 7.500,00
- QUANT_BC_PIS ou QUANT_BC_COFINS: 5.000,000 (litros)
- ALIQ_PIS_QUANT ou ALIQ_COFINS_QUANT: Alíquota em Quantidade
- VL_PIS ou VL_COFINS: Contribuição devida
22. A empresa apura o Imposto de Renda pelo regime caixa, como fazer para informar a receita recebida no mês?
Conforme registros constantes do ADE COFIS nº 24 de 2011 e orientações do Guia Prático, a PJ
irá proceder à escrituração das receitas recebidas e demonstração das bases de
cálculo nos registros F500 (apuração com base em alíquotas em percentual) e
F510 (apuração com base em alíquotas em reais), informando a origem/natureza da
receita recebida no registro F525. Além disso, deverá proceder à escrituração
consolidada dos documentos representativos de receitas emitidos no período, no
registro “1900”.
Guarda de Documentos
23. Considerando que todas as informações de interesse do fisco estão disponíveis no SPED, a empresa vai poder eliminar os documentos físicos (em papel) que serviram de base para a escrituração contábil e fiscal?
Todos os documentos em
papel (notas fiscais, contratos, recibos, etc.) que deram suporte aos
respectivos lançamentos contábeis e fiscais devem ser mantidos pelo prazo
previsto nas legislações comercial e fiscal.
Certificação digital
24. A EFD PIS/Cofins poderá ser assinada com certificado digital A1 e e-cnpj, ou somente com o certificado A3?
Poderão assinar a EFD-PIS/Cofins, com certificado digital válido no âmbito da ICP-Brasil:1. o e-PJ ou e-CNPJ que contenha a mesma base do CNPJ (8 primeiros caracteres) do estabelecimento;
2. o representante legal da empresa ou procurador constituído nos termos da Instrução Normativa RFB nº 944, de 2009, com procuração eletrônica cadastrada no site da RFB.
EFD vs. Dacon
25. A EFD PIS/Cofins irá substituir a Dacon?
Conforme previsto no § 3º do art. 3º da IN RFB 1.052, de 2010: As declarações e demonstrativos,
relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB), exigidos das pessoas jurídicas que tenham apresentado a EFD-PIS/Cofins,
em relação ao mesmo período, serão simplificados, com vistas a eliminar
eventuais redundâncias de informação.
Contudo, ainda não existe uma data definida para a
substituição completa do Dacon.
PVA
26. O PVA permite a edição de uma escrituração completa?
Na atual versão não. Contudo, a PJ poderá fazer o download
de um dos arquivos mínimos disponibilizados no site do SPED PIS/COFINS, opção
“Exemplos de Arquivos”. Ao importar este arquivo o PVA permitirá a edição e
criação dos registros faltantes. Contudo a PJ deve observar que a data da
escrituração (campos 06 e 07 do registro 0000) não poderão ser editados no PVA.
Neste caso, proceda à alteração da data diretamente no arquivo texto.
27. O PVA, ao validar meu arquivo, está apontando o seguinte erro: “Não deverá existir um registro M210 - Detalhamento da Contribuição para Código de Contribuição Social e Aliquota não informados nos documentos com CST de 01 a 05). O que eu posso fazer?
Caso venha a pessoa jurídica a apurar (e preencher) os
campos de incidência sobre o faturamento (alíquotas em %), os campos relativos
à incidência sobre quantidades vendidas (ALIQ_PIS_QUANT /QUANT_BC_PIS e
ALIQ_COFINS_QUANT /QUANT_BC_COFINS) devem ficar em branco.
28. O PVA não está somando corretamente o valor do crédito/débito existente em meus documentos e operações. Qual procedimento está correto? A soma do valor de PIS/COFINS lançado em cada documento/operação ou aquele calculado nos blocos de apuração (registros do bloco M)?
A legislação do PIS/COFINS instituiu como fato gerador
destas contribuições o faturamento mensal e não o faturamento por item ou por
documento fiscal. Dessa forma, a PJ deve proceder à apuração de seus créditos e
débitos conforme já faz atualmente no DACON, ou seja, somando as bases de
cálculo dos documentos e operações e multiplicando pelas respectivas alíquotas.
Dessa forma, é totalmente normal encontrar valores
distintos entre a soma de PIS/COFINS de cada item/documento/operação daquele
valor totalizado pelo PVA. Este valor, totalizado no bloco M, é o que deve ser
utilizado pela PJ para pagamento e/ou solicitação de ressarcimento/compensação.
Receita Bruta para fins de rateio (Registro 0111)
29. Por que o PVA não irá calcular a Receita Bruta Não Cumulativa (Tributada, Não Tributada e Exportação) e Receita Bruta Cumulativa no registro 0111?
O PVA não é um programa de auditoria e sim, um programa
para a empresa proceder à escrituração de suas operações e apurar os tributos.
A empresa é que deve consolidar as receitas que serão objeto de rateio.
30. O que é a Receita Bruta para fins de rateio?
De acordo com a legislação que instituiu a não
cumulatividade da Contribuição para o PIS/Pasep (Lei nº 10.637/02, art. 1º, § 1º) e da Cofins (Lei nº 10.833/03, art. 1º, § 1º), a Receita Bruta
compreende a receita da venda de bens e serviços nas operações em conta própria
ou alheia.
No tocante às receitas de natureza cumulativa,
considera-se como Receita Bruta, como definida pela legislação do imposto de
renda, a proveniente da venda de bens nas operações de conta própria, do preço
dos serviços prestados e do resultado auferido nas operações de conta alheia (Lei nº 9.715/98, art. 3º e Decreto-Lei nº 1.598/77, art.
12).
Assim, de acordo com a legislação das Contribuições Sociais,
não se classificam como receita bruta, não devendo desta forma serem
consideradas para fins de rateio no registro “0111”, entre outras:
- as receitas não operacionais, decorrentes da venda de
ativo imobilizado;
- as receitas não próprias da atividade, de natureza financeira, de aluguéis de bens móveis e imóveis;
- de reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas;
- do resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.
- as receitas não próprias da atividade, de natureza financeira, de aluguéis de bens móveis e imóveis;
- de reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não representem ingresso de novas receitas;
- do resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita.
31. O PVA, ao realizar o rateio dos meus créditos, está considerando que todos os créditos são comuns a receitas cumulativas e não cumulativas. Desta forma, ele está excluindo uma parcela do meu crédito no registro M105. O que posso fazer se meus créditos não são comuns a estas duas receitas?
O PVA quando gera a apuração de maneira automática, não
tem condições de detectar quais aquisições são vinculadas exclusivamente ao
regime cumulativo ou ao regime não cumulativo. Dessa forma, o comportamento
padrão do PVA é "glosar" a parcela cumulativa, com base na receita
cumulativa informada no registro 0111.
Contudo, o PVA permite que a empresa ajuste o valor da
glosa ocorrida no campo "Parcela do Valor Total da Base de Cálculo,
Vinculada a Receitas com Incidência Cumulativa" - Campo 05 do registro
M105/M505, de duas formas:
1. Gerando o bloco M na sua integralidade, importando e validando as
informações2. Ajustando o valor (para mais ou para menos) do campo após a geração automática da apuração.
Nos dois casos, a empresa receberá um aviso, informando
que o valor difere daquele calculado pelo PVA. Neste caso, a empresa pode
ignorar o aviso, visto que ela está ciente que isto não trata-se de erro.
Tabelas do estabelecimento
32. Como informar determinado item adquirido de dois fornecedores diferentes, sendo que os mesmos classificam esta peça com classificações (NCM) distintas?
De acordo com o Regulamento do IPI, cada produto tem um
único NCM. Não é permitido um mesmo produto ter duas classificações. Dessa
forma, deverá ser gerado um único 0200.
CST
33. Qual CST utilizar nas operações de remessa e transferências de mercadorias?
Como não trata-se de uma operação geradora de receita e
tampouco de créditos, utilize nas saídas o CST 49 (outras operações de saída) e
nas entradas o CST 98 (outras operações de entrada). Documentos com estas
operações não devem ser informados na EFD PIS/COFINS.
Documentos fiscais – Serviços (Não Sujeitos ao ICMS) – Bloco A
34. Alguns municípios ao instituir a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica, permitem aos seus usuários a emissão de Recibo Provisório de Pagamento (RPS), ou documento equivalente, desde que este seja posteriormente convertido em NFS-e até o vigésimo dia seguinte ao da sua emissão, não podendo, entretanto, ultrapassar o dia cinco do mês seguinte ao mês de competência. Dessa forma, a informação do RPS, ou documento equivalente, deverá ser informado no bloco A? Ou a informação deverá ser gerada com base na informação da NFS-e?
Como o prazo para emissão da NFS-e é anterior ao da
entrega da escrituração, escriture utilizando a própria NFS-e. Informe a data
da emissão da NFS-e no respectivo campo de data de emissão do documento e
preencha no campo de data da execução do serviço a data da emissão do RPS (que
deve coincidir com a prestação do serviço).
35. Perante o fisco municipal a qual pertenço tenho o prazo de até 90 dias para efetuar o cancelamento de documentos fiscais. Como faço para informar esta situação na EFD PIS/COFINS se o cancelamento ocorrer, por exemplo, no 90º dia?
A empresa deve informar essa venda cancelada, de uma nota
fiscal escriturada a 3 meses atrás, como uma operação de redução de base de
cálculo. Dessa forma a PJ deve escriturar, no mês em que ocorreu o
cancelamento, um ajuste (redução de débito) diretamente no Bloco M, através dos
registros de ajustes M220 (PIS) e M620 (COFINS).
Documentos fiscais – Mercadorias (ICMS/IPI) - Bloco C
36. Os registros de detalhamento de nota fiscal (C100 e C170) poderão ser utilizados somente no caso de não existir a obrigatoriedade de emissão da NFe, ou apesar disso ela poderá ser lançada de forma agrupada? No caso de forma consolidada o lançamento é feito dia a dia ou o lançamento deve ser feito ao final do mês de referência?
Os registros C100 e C170 podem ser sempre utilizados. A
restrição existe apenas para os registros consolidados C180 e C190, os quais só
podem ser utilizados para documentos modelo 55 (NFe). Nestes registros a
consolidação pode ser feita dia a dia ou ao final do mês de referência, ou
ainda em outra periodicidade definida pela própria pessoa jurídica.
37. Posso totalizar minhas notas fiscais modelo 1 (papel) no registro C180 e C190?
Os registros C180 e C190 só podem ser utilizados para
totalizar notas fiscais modelo 55 (NFe).
38. Se utilizar a opção de informar as notas fiscais eletrônicas (modelo 55) nos registros C100 e filhos, preciso informar o registro C180 e C190?
Se for efetuada a escrituração mediante o detalhamento da
nota fiscal eletrônica em C100 e filhos, a PJ não precisará informar os
registros C180 e C190 e filhos.
39. Como serão tratados os documentos fiscais que não possui item nos registros do bloco A, C e D? Exemplo: Nota fiscal Complementar que não possua item poderá ser demonstrada apenas no registro C100 sem o filho C170? Nesse caso quais campos seriam de preenchimento obrigatório no C100?
As notas complementares ou “especiais” apresentadas nos
registros C100, C500 e D100 geram apenas os campos chaves desses registros +
IND_OPER, COD_SIT, COD_MOD e a informação dos registros filhos para esses casos
é facultativa.
40. As NF’s canceladas deverão ser geradas no arquivo?
Sim. Contudo, se a empresa optar por escriturar as NFe
(modelo 55) de forma consolidada (C180 e filhos), não deverá incluir as
receitas referentes às notas fiscais canceladas.
41. Na aquisição para o ativo permanente, devemos informar a NF (na data da aquisição) mesmo que naquele momento não haja crédito nenhum a ser apropriado?
A escrituração de documentos fiscais no Bloco C,
representativas de aquisição para o ativo imobilizado, não serão consideradas
automaticamente para o cálculo dos créditos, inclusive porque tem registros
próprios para tanto (F120 e F130). Todavia, pode a empresa relacionar no bloco
C a aquisição, inclusive porque já fica demonstrado ao Fisco o detalhamento de
suas aquisições de natureza permanente. Mas a sua escrituração não é
obrigatória.
42. Como informar uma devolução de compra na EFD PIS/COFINS?
Os valores relativos às devoluções de compras, referentes
a operações de aquisição com crédito da não cumulatividade, devem ser
escriturados pela pessoa jurídica, no mês da devolução, e os valores dos
créditos correspondentes a serem anulados/estornados, devem ser informados
preferencialmente mediante ajuste na base de cálculo da compra dos referidos
bens, seja nos registros C100/C170 (informação individualizada), seja nos
registros C190 e filhos (informação consolidada).
Caso não seja possível proceder estes ajustes diretamente
no bloco C, a pessoa jurídica poderá proceder aos ajustes diretamente no bloco
M, nos respectivos campos (campo 10 dos registros M100 e M500) e o detalhamento
nos registros de ajustes de crédito (M110 e M510). Neste último caso, deverá
utilizar o campo “NUM_DOC” e “DESCR_AJ” para relacionar as notas fiscais de
devolução, como ajuste de redução de crédito. Por se referir a uma operação de
saída, a devolução de compra deve ser escriturada com o CST 49. O valor da
devolução deverá ser ajustado nas notas fiscais de compra ou, se não for
possível, diretamente no bloco M. Neste último caso, deverá utilizar o campo de
número do documento e descrição do ajuste para relacionar as notas fiscais de
devolução.
43. Como informar Vendas Canceladas, Retorno de Mercadorias e Devolução de Vendas?
A operação de retorno de produtos ao estabelecimento
emissor da nota fiscal, conforme previsão existente no RIPI/2010 (art. 234 do Decreto Nº 7.212, de 2010) e no Convênio SINIEF SN, de 1970
(Capítulo VI, Seção II – Da Nota Fiscal), para fins de escrituração de
PIS/COFINS deve receber o tratamento de cancelamento de venda (não integrando a
base de cálculo das contribuições nem dos créditos).
Registre-se que a venda cancelada é hipótese de exclusão
da base de cálculo da contribuição (em C170, no caso de escrituração
individualizada por documento fiscal ou em C181 (PIS/Pasep) e C185 (Cofins)),
tanto no regime de incidência cumulativo como no não cumulativo.
A nota fiscal de entrada da mercadoria retornada, emitida
pela própria pessoa jurídica, pode ser relacionada nos registros consolidados
C190 e filhos (Operações de aquisição com direito a crédito, e operações de
devolução de compras e vendas) ou nos registros individualizados C100 e filhos,
somente para fins de maior transparência da apuração, visto não configurar
hipótese legal de creditamento de PIS/COFINS. Neste caso, utilize o CST 98 ou
99.
Já as operações de Devolução de Vendas, no regime de
incidência não cumulativo, correspondem a hipóteses de crédito, devendo ser
escrituradas com os CFOP correspondentes em C170 (no caso de escrituração individualizada
dos créditos por documento fiscal) ou nos registros C191/C195 (no caso de
escrituração consolidada dos créditos), enquanto que, no regime cumulativo,
tratam-se de hipótese de exclusão da base de cálculo da contribuição.
Dessa forma, no regime cumulativo, caso a operação de
venda a que se refere o retorno tenha sido tributada para fins de PIS/COFINS, a
receita da operação deverá ser excluída da apuração:
1. Caso a pessoa jurídica esteja utilizando os registros consolidados C180 e
filhos (Operações de Vendas), não deverá incluir esta receita na base de
cálculo das contribuições nos registros C181 e C185.2. Caso a pessoa jurídica esteja utilizando os registros C100 e filhos, deverá incluir a nota fiscal de saída da mercadoria com a base de cálculo zerada, devendo constar no respectivo registro C110 a informação acerca do retorno da mercadoria, conforme consta no verso do documento fiscal ou do DANFE (NF-e).
Caso não seja possível proceder estes ajustes diretamente
no bloco C, a pessoa jurídica deverá proceder aos ajustes diretamente no bloco
M, nos respectivos campos e registros de ajustes de redução de contribuição
(M220 e M620). Neste caso, deverá utilizar o campo “NUM_DOC” e “DESCR_AJ” para
relacionar as notas fiscais de devolução de vendas, como ajuste de redução da
contribuição cumulativa.
Mesmo não gerando direito a crédito no regime cumulativo,
a nota fiscal de devolução de bens e mercadorias pode ser informada nos
registros consolidados C190 e filhos, ou C100 e filhos, para fins de transparência
na apuração. Nesse caso, deve ser informado o CST 98 ou 99, visto que a
devolução de venda no regime cumulativo não gera crédito.
44. Como escriturar a aquisição de produtos com base nos documentos fiscais modelos 2, 2D, 2E e 59?
As operações que geram créditos mediante a aquisição de
produtos com base nos documentos modelo 2, 2D, 2E e 59, devem ser relacionadas
de forma individualizada em C395 e C396. Se a empresa substituiu o registro
dessas operações com a emissão de NF modelo 1 ou 55, então a operação será
escriturada em C100/C170 ou em C190 e filhos.
45. Nas receitas auferidas com a venda de ativo imobilizado, a respectiva Nota Fiscal deve ser informada no Bloco C?
Sim, operação de receita, tributada ou não, lastreada com
nota fiscal, deve SEMPRE ser relacionada no Bloco C.
46. Qual a data correta para o fato gerador do crédito do PIS/COFINS para a geração dos registros C100 e C170? A data da emissão da NF ou a data de entrada?
A legislação das contribuições sociais (Leis 10.637 e
10.833, art. 3º, § 1º, I) estabelece que o direito ao crédito se efetiva com as
aquisições do mês (de bens para revenda e de bens a serem utilizados como
insumos). Cada empresa que estabelece o momento de registro da aquisição de
bens com direito a crédito - se quando da emissão do documento fiscal ou se
quando da entrada. O determinante é que tenha ocorrido o fato jurídico
representativo da AQUISIÇÃO, que se implementa com a própria emissão da nota
fiscal ou com o pagamento da mercadoria adquirida. Se uma empresa adquire
mercadorias, mediante emissão de nota fiscal, no dia 28 do Mês 1, já tem
direito a escriturar a aquisição e a apropriar o crédito no próprio mês 1, mas
se a empresa, por questões operacionais ou de controle interno da mesma resolve
só registrar a operação de aquisição quando da entrada das mercadorias no
estabelecimento, inicio do Mês 2, então ela vai se apropriar do crédito no mês
2.
47. Como lançar a nota fiscal de aquisição de energia elétrica, com direito a crédito, visto que o CFOP 1252 não está listado na tabela "CFOP x Operações Geradoras de Crédito"?
A tabela "CFOP x Operações Geradoras de Crédito"
é utilizada exclusivamente para os registros da escrituração C100/C170 e
C190/C191/C195, representativos de aquisições de bens e serviços a serem
utilizados para comercialização ou industrialização. Em relação às operações de
aquisição de energia elétrica, para comercialização ou industrialização, deve
sempre as mesmas ser escrituradas no Registro C500, próprio para esse tipo de
crédito.
Por conseguinte, caso a pessoa jurídica venha
indevidamente a escriturar a aquisição de energia elétrica, em C100 ou em C190,
o PVA não vai apropriar crédito referente a operação, visto a mesma dever ser
relacionada em C500.
Documentos Fiscais - Serviços (ICMS) – Bloco D
48. Como informar as receitas de serviços de comunicação e de telecomunicação a faturar em período futuro?
Toda a receita auferida, de telecomunicação, faturada ou
não, pré-paga ou pós-paga, deve ser escriturada em D600. Deve ser gerado um registro
para cada tipo de receita, conforme o indicador de sua natureza (campo 06). No
caso dos valores escriturados no Mês 1, ainda não faturado no período da
escrituração, deve ser gerado um registro com o indicador de receita “06”. No
Mês 2, ao faturar a receita total, o registro deve ser escriturado informando a
receita pelo valor total e, nos registros Filhos D601 e D605 o valor acumulado
do item no Campo 03, o valor das exclusões (valores declarados no Mês 1 com o
código 06) no Campo 04 e o valor da base de cálculo a tributar (Receita Total
faturada em M2 – Receita antecipada em M1) no campo 06.
Retenção na fonte
49. Onde e como vão ser lançadas as retenções de PIS e Cofins na EFD PIS/COFINS?
As retenções efetivamente ocorridas no mês da escrituração
serão informadas no registro F600, sendo que o seu aproveitamento ocorrerá
através do campo 06 - VL_RET_NC ou campo 10 - VL_RET_CUM, retenção de natureza
não-cumulativa e cumulativa, respectivamente, do registro M200 (PIS) ou M600
(Cofins). Os registros 1300 (PIS) e 1700 (Cofins), por sua vez, são utilizados
para realizar o controle de eventuais saldos de retenção na fonte.
50. O que devo informar em F600, as retenções efetuadas pela PJ (quando da efetivação do pagamento) ou aquelas em que a PJ é beneficiária (retenções sofridas pela PJ)?
As retenções efetuadas pela PJ, ou seja, aquelas em que a
PJ realiza o pagamento e retém parcela das contribuições devidas na operação,
já são informadas em outras obrigações acessórias, como DIRF e DCTF. Dessa
forma, não é necessário informar novamente na EFD PIS/COFINS.
As retenções efetivamente sofridas pela PJ no mês da
escrituração, ou seja, quando a PJ é a beneficiária da retenção, deverão ser
informadas em F600, sendo que o aproveitamento dos valores ali escriturados
ocorrerá através do campo 06 - VL_RET_NC ou campo 10 - VL_RET_CUM, retenção de
natureza não-cumulativa e cumulativa, respectivamente, do registro M200 (PIS)
ou M600 (Cofins). Os registros 1300 (PIS) e 1700 (Cofins), por sua vez, são
utilizados para realizar o controle de eventuais saldos de retenção na fonte.
Cabe ressaltar que as sociedades cooperativas, que
se dedicam a vendas em comum, referidas no art. 82 da Lei nº 5.764/71, que
recebam para comercialização a produção de suas associadas, conforme disposto
no art. 66 da Lei nº 9.430/96, devem também escriturar neste registro os
valores recolhidos de PIS/Pasep e de Cofins. Neste caso (sociedade
cooperativa) a escrituração deve ser efetuada:
- Pela pessoa jurídica benefíciária do recolhimento (pessoa jurídica
associada/cooperada), com base nos valores informados pela cooperativa quanto
aos valores de PIS/Pasep e Cofins pagos. Neste caso, deve ser informado no
Campo 11 (IND_DEC) o indicador “0”;- Pela sociedade cooperativa responsável pelo recolhimento, decorrente da comercialização ou da entrega para revenda à central de cooperativas. Neste caso, deve ser informado no Campo 11 (IND_DEC) o indicador “1”
51. A Empresa A efetuou uma Prestação de Serviços e destacou os impostos PIS e COFINS para retenção. A empresa tomadora do serviço (Empresa B) recolheu o PIS e a COFINS retido na Fonte. Durante a escrituração da Empresa A, esta mesma retenção deve ser abatida somente da Contribuição devida pela receita dos Serviços Prestados ou poderá fazê-lo também da Contribuição devida pela Receita de Venda de Produtos, por exemplo ?
A utilização como dedução, dos valores retidos, está
sempre vinculado à natureza da receita a que corresponde o serviço prestado ou
o bem vendido. Se a receita tem natureza não cumulativa (independentemente da
receita ser da prestação de serviço ou da venda de bens e mercadorias), a
contribuição retida na fonte será utilizada para deduzir da contribuição não
cumulativa.
52. O que deve ser informado nos campos de retenção na fonte em A100 (campo 19 - VL_PIS_RET e 20 - VL_COFINS_RET)?
Os campos de retenção na fonte em A100 são de caráter
meramente informativos. Estes campos devem ter seus valores preenchidos
conforme consta no próprio documento fiscal. A retenção efetiva ocorrida no período
da escrituração deverá ser informada em F600, conforme perguntas 49, 50 e 51.
Crédito imobilizado
53. Não sendo possível separar o grupo de bens entre máquinas e equipamentos, como informar o campo 03 - IDENT_BEM_IMOB?
Nestes casos pode a pessoa jurídica informar tudo no
código 04 ou 05.
54. Qual o código de CST deve ser utilizado para as aquisições de bens do ativo imobilizado que irão gerar crédito com base nos respectivos encargos de depreciação ou, alternativamente, com base no valor de aquisição?
A escrituração da nota fiscal de aquisição destes bens não
é obrigatória na EFD PIS/COFINS, visto que o crédito sobre os encargos de
depreciação é informado na sua totalidade em F120 ou em F130, no caso de opção
com base no valor de aquisição (desde que observados os pressupostos legais).
Assim, utilize o CST 70 ou 98 nestas notas fiscais.
55. Na aquisição de bens destinados ao Ativo Imobilizado, em que momento ocorre o direito ao crédito do PIS/Cofins ? Na entrada da nota fiscal ou quando o bem começa a ser utilizado ?
A hipótese legal para creditamento, conforme art. 3° das Leis 10.833, de 2003, é a ocorrência da
depreciação/amortização, observadas as demais previsões legais. Dessa forma, o
crédito nasce quando a depreciação/amortização começa a ser incorrida.
56. Qual a base de cálculo a ser informada em F120 e F130?
1. Na escrituração do Registro F120, deve a pessoa
jurídica informar como base de cálculo, o valor dos encargos de depreciação
incorridos no período, relativos a máquinas e equipamentos incorporados ao
ativo imobilizado, com direito a crédito da não cumulatividade, nos termos do
art. 3º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, excluindo do valor que serviu de base para o
cálculo dos encargos de depreciação incorridos e escriturados contabilmente,
correspondente a:
- mão-de-obra paga a pessoa física (com serviços de instalação,
benfeitorias, etc);- aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição (aquisição com suspensão, alíquota zero, isenção ou não incidência).
2. Na escrituração do Registro F130, deve a pessoa
jurídica informar como base de cálculo, o valor de aquisição de máquinas e
equipamentos incorporados ao ativo imobilizado, com direito a crédito da não
cumulatividade, nos termos do art. 3º das Leis nº 10.637/02 e 10.833/03, excluindo do valor registrado no ativo
imobilizado e escriturado contabilmente, correspondente a:
- mão-de-obra paga a pessoa física (com serviços de instalação,
benfeitorias, etc);- aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição (aquisição com suspensão, alíquota zero, isenção ou não incidência).
Contratos de longo prazo
57. Como informar as receitas decorrentes de contratos de longo prazo (superior a 12 meses)?
Conforme art. 8° da Lei 10.833, de 2003, as receitas serão reconhecidas de
acordo com as medições mensais e, quando não forem objeto de faturamento
(emissão de nota fiscal) serão registradas em F100, mês a mês. Se o valor só
vier a ser faturado no ultimo mês, neste mês a receita será escriturada em C100
(visão documento) ou C180 (visão consolidada), no qual a empresa informará o
valor total do documento e a base de calculo do mês.
Operações sem emissão de documento fiscal (Bloco F)
58. Com base em regime especial (ICMS/IPI) a empresa não emite Nota Fiscal individual para cada venda. Nesta operação a receita é reconhecida no momento da entrega do produto, onde através de controle interno é apurado o montante da receita. Onde esta receita deve ser escriturada?
Se não existe emissão de nota fiscal, a receita deverá ser
escriturada em F100. Registre-se que se a empresa emite ao final do período
nota fiscal consolidando as vendas, deve os valores consolidados serem
escriturados em C180 ou C100/C170.
59. No caso da pergunta 58, a venda é efetuada para milhões de clientes. Preciso informar o código do participante em F100?
Como regra, o registro F100 deve ser escriturado de forma
individualizada, principalmente quando envolver operações de crédito. No caso
de operações representativas de receitas, a regra também é a da
individualização. Todavia, ao envolver receitas auferidas junto a consumidor
final, o PVA valida o registro se o mesmo contemplar informações consolidadas.
Neste caso, mostra-se adequado que, no mínimo, sejam gerados dois registros
consolidados – 01 registro para relacionar as receitas decorrentes de vendas a
pessoas físicas e 01 registro para relacionar as receitas decorrentes de vendas
a pessoas jurídicas.
60. Em qual Bloco/Registro serão declaradas as informações correspondentes aos créditos decorrentes de importação de mercadorias quando a apropriação dos mesmos ocorrer amparada pela DI (na competência do desembaraço aduaneiro) e não pela entrada da mercadoria com a nota fiscal correspondente?
No caso da operação geradora de crédito não estar amparada
em documento fiscal, a mesma deve ser escriturada em F100.
Eventos de cisão, incorporação e fusão (registro F800)
61. Ocorrendo uma incorporação, as informações do controle de créditos (registro 1100/1500) da empresa incorporada serão transferidas utilizando o registro F800 da empresa incorporadora?
Sim.
62. Se a empresa incorporada tiver créditos de janeiro, fevereiro e março, deverá transferir para a empresa incorporadora 3 registros F800 (referentes a janeiro, fevereiro e março)?
Sim. O controle de créditos é sempre feito mês a mês e não
de forma acumulada (saldo), independentemente do crédito ser originado em
operações de sucessão.
Apuração das contribuições e créditos
63. O registro de apuração de crédito M100 e M105 e de contribuição M200 e M210 devem ser gerados obrigatoriamente pelos sistemas de TI ou podem ser gerados através do PVA com base nos documentos contidos nos blocos A, C, D e F?
M100/M105 (PIS) e M500/M505 (COFINS)
Os valores escriturados nos registros M100/M105 e
M500/M505 serão determinados com base:
- Nos valores informados no arquivo elaborado pela própria pessoa jurídica
em seus sistemas de TI e importado pelo Programa Validador e Assinador da EFD-PIS/Cofins
– PVA, os quais serão objeto de validação; ou- Nos valores calculados pelo PVA para os registros M100/M105 e M500/M505, através da funcionalidade “Gerar Apurações”, disponibilizada no PVA, com base nos registros da escrituração constantes nos Blocos “A”, “C”, “D” e “F”.
No caso de operações e documentos informados nos referidos
blocos em que os campos “CST_PIS” se refiram a créditos comuns a mais de um
tipo de receitas (CST 53, 54, 55, 56, 63, 64, 65 e 66), o PVA procederá o
cálculo automático do crédito (funcionalidade “Gerar Apurações”) caso a pessoa
jurídica tenha optado pelo método de apropriação com base no Rateio
Proporcional com base na Receita Bruta (indicador “2” no Campo 03 do Registro
0110), considerando para fins de rateio, no Registro M105 e M505, os valores de
Receita Bruta informados no Registro 0111.
Desta forma, caso a pessoa jurídica tenha optado pelo
método do Rateio Proporcional com base na Receita Bruta Bruta (indicador “2” no
Campo 03 do Registro 0110), o PVA procederá ao cálculo automático do crédito em
relação a todos os Códigos de Situação Tributária (CST 50, 51, 52, 53, 54, 55,
56, 60, 61, 62, 63, 64, 65 e 66).
Caso a pessoa jurídica tenha optado pelo método de
Apropriação Direta (indicador “1” no Campo 03 do Registro 0110) para a
determinação dos créditos comuns a mais de um tipo de receita (CST 53, 54, 55,
56, 63, 64, 65 e 66), o PVA não procederá ao cálculo dos créditos
(funcionalidade “Gerar Apurações”) relacionados a estes CST, no Registro M105 e
M505, gerando o cálculo dos créditos apenas em relação aos CST 50, 51, 52, 60,
61 e 62.
Neste caso, deve a pessoa jurídica editar os registros
M105 correspondentes ao CST representativos de créditos comuns (CST 53, 54, 55,
56, 63, 64, 65 e 66), com base na apropriação direta, inclusive em relação aos
custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada
com a escrituração, conforme definido no § 8º do art. 3º, das Leis nº 10.637,
de 2002 e 10.833, de 2003.
A geração automática de apuração (funcionalidade “Gerar
Apurações”) o PVA apura, em relação ao Registro M100/M500, apenas os valores
dos campos 02 (COD_CRED), 03 (IND_CRED_ORI), 04 (VC_BC_PIS – VL_BC_COFINS), 05
(ALIQ_PIS – ALIQ_COFINS), 06 (QUANT_BC_PIS – QUANT_BC_COFINS), 07
(ALIQ_PIS_QUANT – ALIQ_COFINS_QUANT) e 08 (VL_CRED). Os campos de ajustes
(Campos 09 e 10) e de diferimento (Campos 11 e 12) não serão recuperados na
geração automática de apuração, devendo sempre serem informados pela própria
pessoa jurídica no arquivo importado pelo PVA ou complementado pela edição do
registro M100.
Na funcionalidade de geração automática de apuração, os
valores apurados e preenchidos pelo PVA irão sobrepor (substituir) os valores
eventualmente existentes nos referidos campos, constantes na escrituração.
M200/M210 (PIS) e M600/M610 (COFINS)
A geração automática de apuração (funcionalidade “Gerar
Apurações” (Ctrl+M)) o PVA apura, em relação aos Registros M200 e M600, apenas
os valores dos campos de contribuições (Campos 02 e 09) e de créditos a
descontar (Campos 03 e 04). Os campos representativos de retenções na fonte
(Campos 06 e 10) e de outras deduções (07 e 11) não serão recuperados na
geração automática de apuração, devendo sempre ser informados pela própria
pessoa jurídica no arquivo importado pelo PVA ou complementado pela edição do
registro M200/M600.
Na funcionalidade de geração automática de apuração, os
valores apurados e preenchidos pelo PVA para os Campos 02 e 09 (contribuições
apuradas) e para os Campos 03 e 04 (créditos descontados) irão sobrepor (substituir)
os valores eventualmente existentes nos referidos campos, constantes na
escrituração.
A contribuição específica de SCP, face à impossibilidade
de sua identificação em cada documento/operação escriturados nos Blocos A, C, D
ou F, também não é apurada automaticamente pelo PVA. Assim, a demonstração da
contribuição vinculada a SCP, em M210/M610, deverá sempre ser efetuada pela
própria pessoa jurídica.
Os valores referentes ao PIS sobre a folha de salários
também deverão ser informados diretamente pela PJ no registro M350.
Processos referenciados
64. A empresa ganhou um processo judicial referente ao PIS e COFINS. Esta utilizando o valor ganho para pagar os débitos apurados atualmente. Essa operação deve ser informada no EFD PIS e COFINS? De que forma?
NA EFD PIS/COFINS devem ser informados apenas processos
judiciais que tenham impacto na apuração da contribuição/crédito, ou seja, na
formação da base de cálculo, alíquota aplicável e ou CST. A informação de
pagamento, compensação de indébito tributário com tributos a pagar são
demonstradas na DCTF e em outras declarações, como é o caso das Declarações de
Compensação (Dcomps).
65. Como informar o crédito/contribuição apurada com base em alíquota não reconhecida pelo PVA?
As regras de validação da EFD-PIS/Cofins estão com a
definição de que caso a pessoa jurídica venha a informar no arquivo a ser
importado no PVA, uma alíquota não existente nas diversas Tabelas de Alíquotas
(Básicas, Especificas, por Unidade de Produto, Crédito Presumido da Agroindústria,
etc), será gerada uma ocorrência de ERRO, impedindo a validação do registro.
O destravamento ocorrerá caso a pessoa jurídica adote um
dos seguintes procedimentos:
1) Corrigir a alíquota, informando uma alíquota relacionada na Tabela de
Alíquotas referenciada por CST; ou 2) informar em Registro Filho (Processo Referenciado), a existência de processo judicial que autoriza a empresa a praticar alíquota diversa. Neste caso, a empresa terá que relacionar e detalhar informações, no Bloco 1, concernente ao processo referenciado, contemplando as seguintes informações:
a) Numero do Processo;
b) Identificação da Seção Judiciária;
c) Identificação da Vara
d) Identificação da natureza da Ação;
e) Descrição resumida dos efeitos tributários abrangidos; e
f) Data da sentença judicial
Operações extemporâneas
66. O que é uma operação extemporânea?
Operação extemporânea corresponde a um fato gerador de
crédito que esta sendo escriturado em período posterior ao de referência do
credito. A definição ou classificação quanto à extemporaneidade tem correlação
com a data de competência do credito e não com a data da aquisição ou da
emissão de nota fiscal.
Por exemplo: Caso uma empresa que adote o método da
apropriação direta adquira um insumo em janeiro e o produto adquirido só venha
configurar o direito a crédito, pelo método da apropriação direta, em abril,
deve ser regularmente informada a aquisição na escrituração de abril, no Bloco
C, com o CST representativo de crédito do período (50 a 56). Agora, se o
crédito da aquisição de janeiro é de competência abril, mas a empresa não
escriturou em abril e sim em maio, estaria então configurada a situação de
extemporaneidade.
67. Como informar um crédito extemporâneo na EFD PIS/COFINS?
O crédito extemporâneo deverá ser informado,
preferencialmente, mediante a retificação da escrituração cujo período se
refere o crédito. No entanto, se a retificação não for possível, devido ao
prazo previsto na Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 2010, a PJ deverá
detalhar suas operações através dos registros 1100/1101 (PIS) e 1500/1501
(Cofins).
Segmento Farmacêutico
68. Qual CST deve ser utilizado para a “Lista Positiva” (segmento de farmacêutica), que, devido às suas características, onde a mesma é tributada com alíquota diferenciada, porém do montante devido a título de contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins no período é deduzida parcela considerada como crédito presumido?
A escrituração envolve informações de naturezas
diferentes, a saber:
- Operações de receitas, geradoras de contribuição ou não;- Operações de custos, despesas e aquisições, geradoras de crédito;
- Retenções na Fonte (F600);
- Deduções Diversas (F700)
- Apuração de créditos (M100);
- Apuração de Contribuições (M210); e
- Apuração do Valor Devido (M200).
Dessa forma:
- Em relação à venda de medicamentos monofásicos, devem ser escriturados em
C100/C180, com o CST 02;- Em relação ao crédito presumido de medicamento, deve ser informado em F700;
- Na apuração da Contribuição a Pagar (M200/M600), será relacionado o valor da contribuição apurada (com base nos registros de C100/C180), o crédito da não cumulatividade (com base no registro M100/M500) e o crédito presumido (com base no registro F700), resultando, conforme o caso, na apuração de valor zero a recolher.
Regimes especiais
69. Como uma empresa que pratica o RECOF IMPORTAÇÃO fará para registrar os seus créditos, caso efetue venda no mercado interno (neste caso a empresa deve pagar as contribuições incidentes e pode, conseqüentemente, se apropriar dos créditos)?
Constatado que a pessoa jurídica comercializou produtos no
mercado interno, sobre o seu valor serão devidas as contribuições, sendo assim
essas operações serão informadas com CST tributável (CST 01, 02, 03 ou 05). Em
relação a essas receitas tributadas, a pessoa jurídica poderá apropriar
créditos, não constituídos quando da importação incentivada originalmente. A
operacionalização da apuração desses créditos se dará: No registro dessas
operações de créditos na EFD-PIS/Cofins do mês de referência dos créditos, quer
seja informando na própria escrituração original (se estiver dentro do prazo de
entrega) ou mediante EFD-PIS/Cofins retificadora, no registro referente à nota
fiscal de entrada.
Consórcios
70. Que tratamento deverá ser dado em relação aos créditos a serem apropriados no caso dos consorciados?
A empresa líder irá informar às demais empresas
consorciadas as operações de custos, despesas e aquisições efetuadas no
período. De acordo com a IN RFB 834, de 2008, cada empresa deve apropriar-se
dos créditos, na proporção de sua participação no consórcio, com base na
documentação repassada pela empresa líder (cópia de notas fiscais, planilhas,
relatórios ou memória de cálculo). Tendo em vista não existir notas fiscais em
nome das demais empresas do consórcio (os documentos estão em nome do
consórcio), as operações geradoras de crédito serão escrituradas em F100,
devendo ser informado e identificado o consórcio no campo DESC_DOC_OPER (campo
19).
Zona Franca de Manaus
71. Os estabelecimentos industriais que possuem mais de uma inscrição estadual devem informar vários registros 0140 e filhos (0150, 0190, 0200, 0205, 0206, 0208, 0400 e 0450)?
A existência de mais de uma inscrição estadual não é
relevante para a segregação das operações que repercutem na apuração das
contribuições ou do crédito. Dessa forma, deverá ser informado apenas um único
0140 para cada estabelecimento (CNPJ), mesmo que o estabelecimento possua mais
de uma inscrição estadual, deixando o campo de inscrição estadual neste caso em
branco. Como existirá apenas um único registro 0140 para este estabelecimento,
todas as tabelas cadastrais (0150, 0190, 0200, 0205, 0206, 0208, 0400 e 0450)
serão relacionadas a este registro, conforme hierarquia de registros presente
no leiaute da EFD PIS/COFINS.
SCP – Sociedade em conta de participação
72. Como informar as operações de SCP cuja sócia ostensiva seja obrigada à EFD PIS COFINS?
A empresa deverá informar todos os documentos, seja da
sócia ostensiva, seja da SCP. O PVA irá validar ou apurar a contribuição e os
créditos como se fossem da sócia ostensiva. A sócia ostensiva deverá então
proceder ajustes no bloco M, de forma manual ou através de seus sistemas, para
segregar o valor das contribuições e dos créditos de cada SCP, conforme
procedimentos abaixo:
Procedimento 1 – Destaque dos valores referentes à(s)
SCP:
Primeiramente, deve ser reduzido dos valores totais de
débitos (M210/M610) e créditos (M100/M500) apurados de forma consolidada na
empresa, sócia ostensiva, os valores referentes a cada SCP. Para tanto,
informar o valor do crédito (em M100, campo 10 e gerando um registro de ajuste
de redução em M110 para cada SCP) e o valor do débito (em M210, campo 10 e
gerando um registro de ajuste de redução em M220 para cada SCP), segregando
assim os valores referentes à sócia ostensiva, dos valores referentes à(s) SCP.
Procedimento 2 – Registros dos valores referentes à(s)
SCP:
Em seguida, gerar novos registros M210/M610
(Contribuições) para a demonstração dos créditos e débitos apurados no período,
de cada SCP da qual seja sócia ostensiva, com os códigos específicos de
contribuição de SCP (71 ou 72),
Para identificação das SCPs poderão ser utilizados os registros de conta contábil informados em 0500.
Para identificação das SCPs poderão ser utilizados os registros de conta contábil informados em 0500.
73. Como informar as operações de SCP cuja sócia ostensiva seja obrigada à EFD PIS COFINS?
A empresa deverá informar todos os documentos, seja da
sócia ostensiva, seja da SCP. O PVA irá validar ou apurar a contribuição e os
créditos como se fossem da sócia ostensiva. A sócia ostensiva deverá então
proceder ajustes no bloco M, de forma manual ou através de seus sistemas, para
segregar o valor das contribuições e dos créditos de cada SCP, conforme
procedimentos abaixo:
Procedimento 1 – Destaque dos valores referentes à(s)
SCP:
Primeiramente, deve ser reduzido dos valores totais de
débitos (M210/M610) e créditos (M100/M500) apurados de forma consolidada na
empresa, sócia ostensiva, os valores referentes a cada SCP. Para tanto,
informar o valor do crédito (em M100/M500, campo 10 e gerando um registro de
ajuste de redução em M110/M510 para cada SCP) e o valor do débito (em
M210/M610, campo 10 e gerando um registro de ajuste de redução em M220/M620
para cada SCP), segregando assim os valores referentes à sócia ostensiva, dos
valores referentes à(s) SCP.
Procedimento 2 – Registros dos valores referentes à(s)
SCP:
Em seguida, gerar novos registros M210/M610
(Contribuições) para a demonstração dos créditos e débitos apurados no período,
de cada SCP da qual seja sócia ostensiva, com os códigos específicos de
contribuição de SCP (71 ou 72) juntamente com os respectivos campos e registros
de acréscimos (M220/M620).
Para identificação das SCPs poderão ser utilizados os
registros de conta contábil informados em 0500.
Atividade Imobiliária
74. PJ sujeita às regras específicas da atividade imobiliária e sujeita ao lucro presumido deverá realizar a apuração em F200 ou nos demais registros referentes ao lucro presumido?
A escrituração da receita da atividade imobiliária sempre
será feita nos registros F200 e filhos, independente do regime de apuração a
que se submete a pessoa jurídica.
Receitas de terceiros
75. PJ que registra receita de terceiros em documentos próprios, como informar?
O terceiro é quem deve incluir as suas operações em suas
escriturações contábeis (ECD) e ficais (EFD e EFD-PIS/Cofins), inclusive
recaindo sobre o terceiro o encargo de emitir os documentos fiscais.
Não existe previsão na legislação de exclusão da base de
cálculo de receitas de terceiros na apuração das contribuições.
Uma pessoa jurídica, por facilidade ou conveniência
operacional, não pode faturar ou registrar como receita em suas notas fiscais,
receitas que se refiram a outras empresas. O procedimento correto é a emissão
de dois documentos fiscais, registrando as receitas de cada pessoa jurídica envolvida
na operação. Pode até ser emitido um extrato único para conferência do cliente,
mas deverão existir dois documentos fiscais, exceto se o Fisco instituidor do
documento fiscal autorizar a proceder desta forma, e mesmo assim teria de
constar nesse documento as informações de identificação do CNPJ do terceiro.
Caso a emisão do documento tenha sido feita de forma
informal, sem a observância das normas jurídicas em geral e da legislação
tributária especificamente, em que os documentos fiscais continuam sendo
normalmente emitidos, a tributação recairá sobre a PJ emitente.
Operações com café
76. Como informar o crédito presumido calculado com base no valor da exportação de café classificado no código 0901.1 da TIPI, conforme art. 5º da MP 545, de 2011?
Este crédito presumido, por não estar vinculado a um
documento fiscal específico, deverá ser informado em F100, como Operação
Representativa de Aquisição, Custos, Despesa ou Encargos, Sujeita à Incidência
de Crédito de PIS/Pasep ou Cofins (CST 50 a 66) – Campo 02 IND_OPER = 0. Como
base de cálculo deverá ser informado o respectivo valor da exportação do
produto , CST 62, NAT_BC_CRED = 13 e as alíquotas previstas na MP (10% das
alíquotas básicas da não cumulatividade).
Simples Nacional
77. PJ optante do simples nacional, está sujeita à EFD PIS/COFINS?
Não. Somente as PJ tributadas pelo lucro real, presumido
ou arbitrado, conforme IN RFB 1.252, de 2012.
78. Qual o CST a ser informado pela pela pessoa jurídica optante do Simples Nacional, quando da emissão de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, código 55 ?
A legislação do Simples Nacional não instituiu o
tratamento de recolhimento mensal unificado em relação a toda e qualquer
receita, tendo situações específicas em que estas empresas, mesmo optantes do
Simples Nacional, submete-se ao recolhimento normal do PIS/Pasep e da Cofins.
Neste sentido, em relação ao CST PIS e Cofins a ser informado quando da emissão
de NF-e, por empresas optantes do Simples Nacional, devem preliminarmente ser
considerado os seguintes aspectos:
1. De acordo o § 4º do art. 18 da Lei Complementar nº 123,
de 2006, e com a Resolução CGSN nº 51, de 2008, o contribuinte optante do
Simples Nacional deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento:
I - as receitas decorrentes da revenda de mercadorias; II - as receitas decorrentes da venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte:
III - as receitas decorrentes da prestação de serviços, bem como a de locação de bens móveis;
IV - as receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária e tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), bem como, em relação ao ICMS, antecipação tributária com encerramento de tributação;
V - as receitas decorrentes da exportação de mercadorias para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da Lei Complementar nº 123/2006.
2. Tendo em vista que a venda de produtos por substituição
tributária (Pessoa Jurídica fabricante) e de produtos monofásicos (pessoa
jurídica fabricante/importadora), submeter a pessoa jurídica optante do Simples
nacional ao recolhimento das contribuições sociais conforme às alíquotas
próprias desses regimes de tributação, aplicáveis às demais empresas, bem como
no caso de vendas ao exterior ou a Comercial exportadora, dever serem
classificadas como receitas sem incidência de contribuições, com CST próprio, o
procedimento correto de codificação do CST a ser adotado pela pessoa jurídica
optante do Simples Nacional, em relação ao CST PIS/Pasep e Cofins a ser
informado em cada item/produto constante na NF-e, deve ser:
- Vendas tributadas no regime do Simples Nacional (Recolhimento único): CST
49 - Tributadas no regime monofásico (Fabricantes de bebidas frias, medicamentos, autopeças, etc): CST 02 ou 03
- Tributadas no regime monofásico (Revenda de Combustíveis, bebidas frias, medicamentos, autopeças, etc): CST 04
- Tributadas no regime de substituição tributária (maquinas agrícolas auto propulsadas): CST 05.
- Vendas para exportação e a Pessoa Jurídica comercial exportadora, com o fim específico de exportação: CST 08
Receitas de fretes, seguro e outras despesas acessórias lançadas em documento fiscal
79. O valor de frete, seguro e outras despesas acessórias, destacado em nota fiscal modelo 1 ou 55, que contabilmente é registrado como receita não está sendo validado/apropriado nos registros do bloco M como receita bruta. Como lançar estas receitas na EFD Contribuições?
Estas “demais receitas operacionais” devem ser lançadas em
F100, visto que, embora documentadas em nota fiscal, não referem-se a receitas
advindas da venda de mercadorias/produtos. O lançamento em F100, nestes casos,
poderá ser escriturado de modo consolidado por descrição da receita, como por
exemplo: “Fretes”, “Seguros” e “Outras Despesas Acessórias”.